OTTO de Ernane Alves

Kícila Sá & Ernane Alves





Artes plásticas, circo, música,

graffiti e literatura são algumas

 manifestações artísticas 

presentes em OTTO.





A ideia do filme surgiu em 2005, quando Ernane Alves participou de um Encontro Internacional de Teatro, com o escocês Benno Plassmann. Nesta época, teve seu primeiro contato com o universo do clown e escreveu uma sinopse para um curta, mas em 2010 revisitou seus escritos e OTTO acabou virando um longa-metragem.
Ernane Alves & Isabela Paes

Na trama, o garçom Otto, vivido por Alves, é aspirante a poeta e, também, ganha a vida como palhaço nas ruas e praças da cidade. Com referências do Neorrealismo Italiano e Nouvelle Vague francesa, Ernane busca em seus atores e em todo o universo fílmico de OTTO um tom realista e cotidiano. “Trabalhar com o real é uma zona de conforto para mim. Não gosto de produzir nada irreal para os meus filmes, se preciso de uma cerveja em cena não quero um rótulo escrito “cerveja”. Sou assim com os meus atores, quero emoções reais, locações reais...”. O filme é uma produção totalmente independente, realizado com recursos da Portraits Factory Filmes e com apoios diretos de empresas mineiras.

Eduardo Moreira e Ernane Alves

OTTO conta com a participação de grandes artistas das mais diversas áreas como: Eduardo Moreira (Grupo Galpão), Rodrigo Robleño (Ex-Cirque du Soleil), Nilo Zack (Prestigiado Artista do Graffiti), Isabela Paes (Atriz da CIA Luna Lunera), Ataíde Miranda (Artista Plástico), Kícila Sá (Cantora/atriz), entre muitos outros.
Para compor o palhaço Meio Sorriso (Otto), Alves convidou o palhaço Rodrigo Robleño (ex Cirque du Soleil) para dar uma consultoria na concepção da personagem. Contudo, a maquiagem e o figurino do Meio Sorriso foram desenvolvidos pelo próprio Ernane. “A maquiagem se deu nos princípios básicos das cores de um palhaço: preto, branco e vermelho. Criei um semblante triste que conversasse com a realidade de um palhaço que enfrenta o afago e ao mesmo tempo a indiferença das pessoas nas ruas de uma grande capital. Quanto ao figurino, precisava de uma bermuda com bolsos fundos, foi então que me veio o talentosíssimo estilista Rodrigo Fraga. A camiseta listrada em preto e branco é uma referência do Chaplin. Já os sapatos Oxford, em vermelho e branco, foram feitos sob medida”, conta Alves. 

Muro na Rua Rio de Janeiro esquina com Ave Espírito Santo - Centro de BH / MG


PARCERIAS

As artes plásticas têm uma força e destaque especial no filme OTTO, pois Ernane também é artista plástico e está sempre atento aos novos talentos que estão surgindo no cenário brasileiro. “É muito confortante assistir em meio aos tons de cinza de qualquer metrópole obras que dialogam artisticamente com a população, como no caso do Menino Palhaço, que há alguns anos vem alegrando e impressionando os belo-horizontinos pelos traços de Zack”. Nilo Zack grafitou para o filme um muro, de 13 metros e meio de extensão, nas esquinas de Rio de Janeiro e Santos Dumont, bem no coração da capital mineira. A imponente pintura traz três personagens centrais do filme: Ernane Alves (Meio Sorriso), Eduardo Moreira (Grupo Galpão/pai de Otto) e Juan Queiroz (Meio Sorriso na infância). Há intervenções no muro, também, dos artistas Ataíde Miranda e Lucas Prada. 



A trilha sonora original de OTTO será assinada pelo compositor e pianista, Gilberto Mauro, responsável por algumas trilhas dos primeiros filmes de Humberto Mauro e de vários outros realizadores. O filme encontra-se em processo de finalização pelas mãos da talentosa montadora Natacha Vassou, quem montou recentemente o longa de documentário “O Dia do Galo”.  
Entre as inúmeras locações do filme, estão pontos emblemáticos de BH, como  o Parque Municipal, a Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem, a Praça da Liberdade,  Academia Mineira de Letras, o Edifício Maletta, o Viaduto Santa Tereza e o complexo arquitetônico da Pampulha. “Belo Horizonte já se traduz em nome. A cidade vai ser apresentada no filme em toda sua multiplicidade e beleza. Sou de Pedro Leopoldo (Região Metropolitana) e tenho um olhar de fora e talvez isso contribua para eu enxergar a capital de outro modo”, conclui Ernane.

SET de filmagens no tradicional restaurante Cantina do Lucas - BH

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